Como diagnosticar a síndrome de Sjögren?
Dos sintomas com maior ocorrência entre os pacientes acometidos destaca-se a secura ocular e da boca, indicativos importantes para diagnosticar a síndrome de Sjögren precocemente.
Geralmente, a secura ocular é mais frequente e desencadeia desconfortos variados como irritação ocular, sensação de corpo estranho no olho, queimação, fotofobia, visão turva e “choro sem lágrimas”.
Com esses sintomas, é importante que o oftalmologista avalie se há diminuição da secreção lacrimal e se ela desencadeou um quadro inflamatório na córnea.
Caso essas alterações sejam confirmadas, é importante que o paciente seja encaminhado para o reumatologista para avaliar e diagnosticar a síndrome de Sjögren.
O paciente, principalmente se já apresentar alguma doença reumática, pode relatar essas ocorrências diretamente para o reumatologista, que vai investigar.
O histórico clínico do paciente, com a descrição dos sintomas, é uma primeira etapa importante que deve ser seguida de diferentes exames:
- Marcadores autoimunes em exame de sangue;
- Exames anátomo-patológicos a partir de biópsia das glândulas salivares menores do lábio;
- Exames de imagem, como radiologia, ultrassom ou cintilografia das glândulas parótidas;
- Exames oftalmológicos, incluindo teste de Schirmer, de Rosa Bengala e o break-up test, ou BUT, que avalia a duração do filme lacrimal sobre o olho.
Esse conjunto de exames é importante não apenas para diagnosticar a síndrome de Sjögren, mas também definir o grau de comprometimento dos tecidos acometidos pela inflamação.
A partir do histórico e descrição do paciente, o médico responsável poderá definir quais exames são mais adequados para diagnosticar a síndrome de Sjögren e verificar o quadro clínico geral para, então, seguir com o tratamento mais apropriado.